6% dos entrevistados demonstraram interesse na aquisição de imóveis.
Por LAÍS MEZZARI
Entre os meses de março e maio uma em cada quatro famílias catarinenses devem investir mais em suas residências. O setor de materiais de construção foi o que apresentou maior intenção de consumo e o único que teve taxa de crescimento (4%) em relação ao trimestre anterior. Os dados são do Índice de Predição de Mercado (IPM) divulgado nesta terça-feira (29) pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB/SC).
O setor de moradia também permanece em alta em outros segmentos, já que além dos 25% de intenção de compra de materiais de construção, 17% das famílias pesquisadas pretendem adquirir móveis residenciais e 11% eletrodomésticos de linha branca. Apenas 6% demonstraram interesse na aquisição de imóveis.
Bens semiduráveis e não duráveis
O fim do período de natal e réveillon se reflete na economia, apresentando uma desaceleração especialmente no consumo de vestuário. No índice referente aos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, 48% das famílias pesquisadas responderam que pretendiam gastar mais em vestuário. Na previsão para o próximo trimestre, apenas 13% disseram que têm intenção de gastar mais neste segmento e, em contrapartida, 42% esperam gastar menos.
Já o gasto com supermercado deve se manter, uma vez que 66% dos entrevistados pretendem gastar a mesma quantia que no trimestre anterior e 15% querem incrementar as compras.
Através da análise dos resultados, o diretor-presidente do Instituto Mapa (realizador da pesquisa), José Nazareno Vieira, afirma que "os ventos continuam soprando a favor do consumo, não tão intensamente quanto antes, mas ainda favorável".
Governo incentiva a desaceleração
Algumas medidas do governo colaboram com a desaceleração do consumo. Um dos exemplos é no setor de automóveis, que teve 11% de desaceleração com relação ao trimestre anterior, chegando a 8% das intenções de compra.
Os itens que apresentaram maior acomodação foram equipamentos de áudio e vídeo (-50%), aparelhos celulares (-42%) e eletroportáteis (- 40%). Desta forma, as intenções chegaram a 4%, 7% e 6% respectivamente.
Expectativas
Apesar da freada no consumo, as famílias catarinenses se demonstram não só otimistas, mas também contentes com sua situação econômica. Cerca de 62% consideram sua situação razoável e 29% boa. Além disso, 17% se colocam em posição de melhores condições que o resto da população, e 44% se consideram razoáveis comparativamente.
A expectativa para o futuro econômico familiar de quase metade dos entrevistados (49%) é de que a situação vai melhorar, e 39% de que vai permanecer igual. O resultado também é reflexo do fato de que 30% dos catarinenses conseguem pagar suas contas com sobras, e 59% sem conseguir economizar.
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