segunda-feira, 26 de março de 2012

Construção civil garante o desenvolvimento !


O desenvolvimento de São José tem relação direta com a construção civil, pelo que esse segmento industrial representa em termos de expansão urbana e geração de empregos e riquezas. A construção civil sempre foi, como assinala o presidente do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil), Hélio Bairros, o “carro-chefe da economia”.
O período de ouro da expansão imobiliária na Grande Florianópolis começou na década de 1960, com o pioneirismo de alguns construtores, que perceberam a tendência de crescimento da região a partir da instalação da Universidade Federal de Santa Catarina no território da capital catarinense.
Na década seguinte, mais empreendimentos se destacaram em Florianópolis, principalmente na Ilha de Santa Catarina. Mas São José já surgia como alternativa habitacional para muitos novos moradores. Data da metade dos anos 1970 a criação do bairro Kobrasol, de início um loteamento com residências térreas e prédios de no máximo 4 andares. Da mesma forma, outros bairros tradicionais, como Campinas e Barreiros, passavam por um processo de transformação, com a incorporação de novos loteamentos e também pequenos empreendimentos verticais.
Pode-se dizer que a década de 1970 representou o início da transformação econômica de São José, até porque naquele período surgiu também o primeiro distrito industrial da Grande Florianópolis, instalado às margens da BR-101. Mas o estigma de ser cidade-dormitório começaria a se dissipar apenas nos anos 1990, quando o ritmo empresarial do município se acentuou.
A construção civil percebeu as possibilidades de crescimento do Kobrasol e Campinas ainda na década de 1980, quando começaram a ser edificados os primeiros edifícios mais altos.Essa tendência se ampliou há cerca de 20 anos, com uma verdadeira “explosão” de novos empreendimentos. Construtoras que começaram de forma cuidadosa, de acordo com suas possibilidades, expandiram suas atividades ao longo da década de 1990. Neste caso, destacaram-se na época a RDO, a AM, a Santana, e a Zita, entre outras, que acreditaram no potencial de São José e investiram com qualidade na expansão habitacional. Mais recentemente, OK, Hantei, Cota, Kilar, Stylo, Sanford, Kobrasol, JA, também marcam presença no contexto
da construção civil.
Bairros ganham empreendimentos modernos
O Kobrasol é um fenômeno – na verdade, um case do setor – que marca o desenvolvimento urbano de São José. Mudou o eixo do processo imobiliário, surgindo como alternativa para moradia de quem, já na década de 1990, enfrentava os preços razoavelmente altos no mercado de Florianópolis (na ilha em especial). É evidente que, com o passar do tempo, registrou-se um relativo esgotamento na região, embora muitas construtoras continuem investindo no Kobrasol.Bairros que antes eram dominados praticamente por casas térreas e pequenos prédios de no máximo 2 ou 3 andares, apresentaram-se com grande potencial para a construção civil nos últimos anos. Nesse contexto, o crescimento habitacional acabou focalizado em Barreiros, Roçado, Floresta, Serraria, Forquilhinha, Ipiranga, avenida das Torres, entre outros locais. Assim, a configuração urbana mais tradicional de São José ficou restrita ao Centro Histórico, Praia Comprida e Ponta de Baixo, enquanto grande parte dos outros bairros passou a merecer o interesse de construtoras de médio e grande porte, além de loteamentos de qualidade, com infraestrutura e qualidade de vida marcantes.
Setor atende à imensa demanda habitacional
Para os dirigentes do Sinduscon da Grande Florianópolis, São José representou um passo importante para o crescimento global da região metropolitana, tendo hoje mais de uma dezena de construtoras com empreendimentos arrojados ou, até, menos ambiciosos, mas igualmente com qualidade, voltados ao Programa Minha Casa, Minha Vida.Nos últimos três anos o Sinduscon vem trabalhando para que algumas amarras legais no município sejam reduzidas, com o objetivo de garantir o pleno desenvolvimento do setor – que é reconhecido como o mais dinâmico da economia metropolitana.
Para o presidente da entidade, Hélio Bairros, não há como frear o crecimento da construção civil, justamente porque a demanda habitacional na Grande Florianópolis é imensa – a população somada dos municípios alcança quase um milhão de habitantes. Só Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça somam mais de 800 mil moradores.

Fonte: Jornal Notícias do Dia

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