Rio -  A Caixa Econômica Federal conseguiu dobrar o número de moradias contratadas pelo Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR). No primeiro semestre deste ano, o banco atingiu a marca de 9.665 unidades, o que representa investimento em torno de R$ 240 milhões. O objetivo é ampliar o alcance do programa até 2014, quando a Caixa pretende chegar a 60 mil unidades habitacionais em áreas rurais, meta estabelecida entre 2011 e 2014 pelo Ministério das Cidades.
Até o final de 2012, serão mais 20 mil moradias contratadas pela entidade financeira. Com o programa, mais de 29 mil famílias de agricultores e de trabalhadores rurais foram beneficiadas.
Caixa atingiu 9.665 unidades habitacionais no primeiro semestre. É o dobro do mesmo período de 2011 | Foto: Divulgação
Caixa atingiu 9.665 unidades habitacionais no primeiro semestre. É o dobro do mesmo período de 2011 | Foto: Divulgação
O investimento no campo cumpre as expectativas, segundo o diretor de Habitação da Caixa, Teotônio Costa Rezende. “Estamos convictos, pelo número de propostas em estágio adiantado, que esta meta deve ser atingida já nos primeiros meses de 2013”, avalia Rezende.
Déficit habitacional
Ainda neste ano, o programa chegará a mais famílias nas áreas onde o déficit habitacional é mais acentuado. Para atingir esse objetivo, no entanto, a Caixa afirma que é preciso mais capacitação e organização de entidades e comunidades rurais. Desde maio de 2011, o banco aposta no relacionamento com entidades representativas desses setores. Na ocasião, criou a Superintendência Nacional de Habitação Rural.
A metodologia usada é de investigação: entidades identificam a demanda habitacional e auxiliam as famílias a se organizarem. Cumprindo papel como agente financeiro e gestor operacional do programa, a Caixa investe na capacitação técnica e social das comunidades, libera recursos e acompanha as obras.
O programa da Caixa Econômica Federal prevê o subsídio de R$ 1 mil por família. Com isso, a entidade organizadora pode prestar assistência técnica e executar o trabalho social para as famílias.
Com ajuda do BB, número de imóveis chegará a 100 mil
A projeção da Caixa para 2014, de completar 60 mil unidades contratadas, pode virar realidade e ser até superada. De acordo com o diretor de Habitação da Caixa, Teotônio Rezende, entidades de regiões rurais estão se movimentando para receber o PNHR. Atualmente, há mais de 50 mil propostas em análise.
Parte dessas expectativas também se deve ao Banco do Brasil, que passou a fazer parte do programa. Para Rezende, a participação do banco vai contribuir para reduzir o déficit habitacional rural. Com esse reforço, a previsão é liberar crédito para 100 mil unidades habitacionais até julho de 2014.
Entidades já encaminharam propostas para tentar receber o programa para construir e reformar habitações | Foto: Divulgação
Entidades já encaminharam propostas para tentar receber o programa para construir e reformar habitações | Foto: Divulgação
Para acesso a crédito até R$ 25 mil para construção e R$ 15 mil para reforma, a renda familiar anual deve ser até R$ 15 mil. O prazo para pagamentos é até quatro anos. Com renda anual acima de R$ 15 mil e até R$ 30 mil, os encargos financeiros são 5% ao ano mais a Taxa Referencial (TR). Para quem tem renda anual acima de R$ 30 mil e até R$ 60 mil, taxas de juros variam entre 6% e 8,16% ano ano mais a TR.
'Minha Casa' terá R$ 46 bi do FGTS
O governo federal destinará mais R$ 46,7 bilhões para o programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida". Os recursos virão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Com eles, serão construídos um total de 600 mil imóveis para famílias com renda mensal de até R$3,1 mil. Outras 200 mil unidades serão financiadas para quem recebe até R$ 5 mil.
Mais R$ 5,3 bilhões serão investidos na construção ou financiamento de imóveis novos dentro do Programa Nacional de Habitação Urbana e do "Minha Casa, Minha Vida". O crédito para compra da casa própria em áreas urbanas fora desses dois programas terá à disposição mais R$ 1,1 bilhão.
Na área da mobilidade urbana, o dinheiro do FGTS financiará R$ 4 bilhões em obras para a Copa do Mundo de 2014, previstas no PAC.